segunda-feira, novembro 29

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Coisa Quê?
(Do amor e Das virtudes da escrita)


- Pai, vamos um bocadinho à pesca?...
- Com este tempo? És maluca?
- Já parou de chover.
- Mas vai chover, não tarda, já vais ver...
- Estás velho.
- Pois estou.


Os ralos ficaram reservados, se o tempo desse, ele ia hoje à pesca, se não desse alguns teriam que passar do lado dos vivos para o lado dos mortos. Bem-feita que ainda chove!... vão morrer todos.





(O Universo continua em expansão)


Helmut Newton

Viva Hate! ou Monday bloody Monday

Não há réstia de pinga de neutrão de paciência para mais nada dos Rolling Stones (na verdade nunca houve), muito menos para a morte deles ou de um só. Vai ser terrivel.


Senhores assustadores: sei perfeitamente que a maior parte acompanha a blogosfera. Se eu não vos der uma moeda ao longo de uma semana, tal significa que não vos darei uma moeda na próxima ou nas seguintes. A toxicodependência pode ser um fenómeno extremamente social, mas eu só sou, no máximo, outro fenómeno extremamente social; pelo que não me sinto minimamente responsável pelas vossas gramas maradas. E estaciono muito bem sem o "bênha-bênha-ó-colega!" (é por esta que sei que eles acompanham a blogosfera).


Se vou quase sempre àquele restaurante, porque é que às vezes não tenho mesa à beira da janela? Se é quase só por ela que eu vou lá? E, já agora; porque é que o livro ou a revista tem de abrir alas às travessas? Não é tudo comida?


Por amor de quem lá têm! Deixem de gravar novas versões de "Cheek to Cheek". Já temos a da Ella com o Louis. E; porra, não a ponham a acompanhar iogurtes ou derivados. A sério.


Por falar nisso: parem de me assassinar álbuns ou bandas só porque vocês são jovens e gostam de música e trabalham em empresas de publicidade. Paguem ao Rodrigo Leão, que ele faz-vos o belo jingle.


NÃO PODE SER PEPSI NEM SPRITE!


Costello: ou cospes a bola de golfe ou deixas de cantar.
Quem te avisa teu amigo é.


Senhores taxistas: se eu viro para a garagem depois de sinalizar a mudança de direcção é porque moro aqui e tenho garagem e já quero ir para casa. Não tenho culpa nenhuma de vos fazer mandar uma abaixo ou mesmo travar e, convenhamos, quinze segundos depois vocês já não se lembram da desfaçatez.


Por favor! Parem de me massacrar com as novas divas do 'jazz'! Ponham-nas a cantar outras merdas. De cada vez que as vestem com aquele calor aveludado, como se todas fossem filhas de Nova York, dão-me um banho criogénico.


Ir ao cinema é como ir à missa: aceito que consumam pipocas sem cheiro se as desfizerem entre a língua e o céu da boca, como uma hóstia.


A cena da "Fonte" do Duchamp é um urinól ao contrário.

sábado, novembro 27


Helmut Newton

quinta-feira, novembro 25

desde 1903!









(Já sabia, já;
mas também nunca disse nada...)







And the horse riding up through the red skies
The moon is down
With a gold coloured bird through the cloud flies
The moon is down
Look East to the Sun, Oh where do they run
Look East to the Sun, Oh where do they run
They live in my dreams,
in my dreams, in my dreams

And the Moon and the Earth they were mating
The moon is down
And the Angels of hell they were waiting
The moon is down
Oh bride of the winds, Reward for their sins
Oh bride of the winds, Reward for their sins
They live in my dreams,
in my dreams, in my dreams

There's a chaos of visions and voices
Sad is the laugh of the clown
now the old moon is down.



Gentle Giant | The Moon Is Down | 1971


Da ética e da estética

(um imenso pântano de complexidade)


Sei do forte impacto estético que imagens de guerra, explosões, centrais nucleares, cogumelos atómicos, aviões que atravessam edifícios, os rostos dos corpos que sofrem, exercem em mim. Não lhes resgato qualquer espécie de prazer sádico nem sou um tipo violento. Mas também não tento limpar o cadastro moral a qualquer custo (o de uma boa conversa, por exemplo); dizendo que a apreciação é clivada do sofrimento que as situações representam ou deixam entrever. Não as desejo, porque não me as desejo nem constituem uma preferencial fonte de prazer obscuro; mas não me escondo por detrás de uma consideração redentora, obrigando-me a suprimir da consciência toda a beleza que observar a destruição, a ameaça ou a ambiguidade das facas com dois gumes pode conter. O mundo também é o Homem e o Homem também é isto.



Michael Kenna

quarta-feira, novembro 24

Café Bagdad

No café-restaurante do Museu de Serralves não se pode ler ou estudar naquela fila de mesas que percorre as janelas que o Siza inventou para nos meter no parque. Nas outras já se pode. Naquelas não. É obrigatório conversar ou ficar a olhar lá para fora, fixamente; ou ser a amiga da senhora que vai tomar um cházinho e comer a doçaria com élan cultural, mas que não pára de falar das tvi's do mundo; ou observar as hordas de alunos que, contrariados, conseguiram fugir à Paula Rego e à senhora professora e ali exercitam os polegares em forma de tecla celular de 3ª geração.

Às vezes a leitura safa-se, clandestina. A leitura com sublinhados já será terreno pantanoso. E se eu ler, compreender e memorizar; estarei a estudar? Far-me-ão perguntas sobre o livro para aquilatarem da moldura penal? Em Serralves?

Os funcionários do café-restaurante são muito simpáticos. A regra é que é obnóxia.

terça-feira, novembro 23

60 Jupiter days




JPL-NASA:
This time-lapse video records Voyager1's approach to Jupiter during a period of over 60 Jupiter days.


segunda-feira, novembro 22

domingo, novembro 21

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Chafarica Iconoclasta



ctx | O Olho de Borges


Dos comentários:
Em 1955, Borges assumiu a direcção da Biblioteca Nacional. Mas a cegueira que o ameaçava desde a infância tornara-se definitiva. Depois de oito operações aos olhos, Borges já não conseguia ler nem escrever e admitia, com resignação, que nada havia de dramático ou patético em tudo isto. Era um crepúsculo lento, estival. A cegueira era hereditária. Mas não deixou de comentar a "...esplêndida ironia de Deus em conceder-me a um só tempo oitocentos mil livros e a escuridão".
Berna Valada

sexta-feira, novembro 19

Quando for grande quero ser fim-de-semana

Caro paroquiano: este blog termina aqui.
Até Domingo. A vasta equipa que prepara, produz, executa e leva até si este e-recanto muda-se para a glaciação transmontana. Não há frio como aquele. Pele, carne, ossos, cérebro, cerebelo, consciente, pré-consciente, inconsciente - enfim; todas as estruturas passíveis de identificação numa radiografia entram em letargia criogénica desesperada. E, curiosamente, as carcaças que as albergam sentem-se mais vivas do que nunca.
Como diria o Hanson, em pequenino: I'll be Beck!



BSO para os próximos dias. O melhor álbum do senhor. Chamem-me herege.

quinta-feira, novembro 18

É mesmo aqui...




... no meio desta "desolação magnífica", no cume da Endurance Crater, que eu quero a minha casa. Tem nuvens e tudo... E uma vista privilegiada sobre Phobos e Deimos. É aqui.


Nem o avô dele explica!

Este senhor


Lucien Freud | Reflexion | 1985


pintou este senhor


Lucien Freud | Portrait of Francis Bacon | 1952


Em 27 de Maio de 1988, emprestado pela Tate de Londres, o quadro foi roubado da Germany's Neue Nationalgallerie Berlin Museum.


Nunca percebi, não consigo perceber, nunca ninguém me explicou o que raio se faz com um quadro roubado. Guarda-se? Vende-se para que se guarde? Põe-se no quarto, por cima da cama mas por baixo do crucifixo? Ou na sala, orgulhoso; e depois mata-se os amigos, para que se calem, no fim de cada jantar?

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-Se lhe pedirem muito ele volta?
-Não; desde que instalou a SportTv no pré-frontal.
-Náum, ele volta. Náum, volta. Náum!
-Então, em que é que ficamos?


2/3 dos portugueses pensam que a TV tem demasiado poder, ou seja, 2/3 dos portugueses não têm mais nada que fazer que não ver televisão, logo 2/3 dos portugueses não têm um blog.


Alguém que não tinha nome.
Sempre que não chamavam por ela, ela vinha.


- A estupidez humana tem limites?
- Tem. Posso sempre mandar-te calar.


Há quem veja a realidade em função dos seus desejos e sonhos. Esses dormem o tempo todo. Torna-se difícil, àqueles de nós que insistem em despertar de manhã, manter uma conversa com mortos de sono.


-Que é que sentes quando uma rapariguinha bronzeada passa de biquini à tua frente?
-Um torcicolo.


Tinha planeado ficar a ler até ao pôr-do-sol. Entretanto foram chegando uns finos e uns amigos e salvou-se-me a tarde.


(...)
Se alguém se fizer passar por mim agradeço-lhe.
Se alguém quiser pensar por mim processo-o.
(...)


O tempo das grandes ideologias já era.
Ainda bem! Toca a pensar pelas nossas cabecinhas.


Um colega devidamente identificado: Porreiro meu! Para a semana é queima das fitas. Noites, gajas e bebedeiras...
-Fixe, penso eu, vou passar-lhe à frente no Husserl!


"Náum, ele é boa pessoa. Náum, é. Náum!"
Então, em que é que ficamos?



d'A Magnólia

quarta-feira, novembro 17

Inner Self #2


Naoki Mitsuse


Quase uma vida à margem da vida. Como foi possível?, questiono-me todos os dias durante as abluções da aurora... Sem parar para ver o Outro, os outros, eu próprio. Trinta e três anos de excesso, arrogância e derrotas; noites, violação de corpos e almas, veneno, chuva ácida, efeitos de estufa.
Trinta e três anos sem ver o mundo ou pensar para além deste invólucro gasto. Sem pensar na vida dos outros, irmãos; os meus outros Eus.
Mas despertei e resolvi a charada de existir: Vejo-vos, amo-vos.
Chega de mim, juro-vos!; renasci para vos salvar. Chega de mim, chega de dor; alegrai-vos - sou o único IMENSO Messias! O PODEROSO! MAGNÂNIMO! PODEROSO! PODEROSO!!!

Misha Gordin | Shout

segunda-feira, novembro 15

After I jumped,

















































































































































































it occurred to me...



































































































win wenders | million dollar hotel | 2000

(post da minha Ela)

domingo, novembro 14

As cidades subtis. 4.

A cidade de Sofrónia compõe-se de duas meias cidades. Numa fica a grande montanha russa de íngremes bossas, o carrocel com a sua auréola de correntes, a roda das gaiolas giratórias, o poço da morte com os motociclistas de cabeça para baixo, a cúpula do circo com o cacho dos trapézios a pender no meio. A outra meia cidade é de pedra e mármore e cimento, com o banco, os opiários, os prédios, o matadouro, a escola e tudo o resto. Uma das meias cidades está fixa, a outra é provisória e quando acaba o tempo da sua estadia despregam-na, desmontam-na e levam-na dali para fora, para a enxertar nos terrenos vagos de outra meia cidade.

Assim todos os anos chega o dia em que os operários destacam os frontões de mármore, deitam abaixo as paredes de pedra, os pilares de cimento, desmontam o ministério, o monumento, as docas, a refinaria de petróleo, o hospital, e carregam-nos em reboques de grandes camiões para seguirem de praça em praça o itinerário de todos os anos. Aqui fica a meia Sofrónia das barracas de tiro ao alvo e dos carroceis, com o grito suspenso da naveta da montanha russa do avesso, e começa a contar quantos meses, quantos dias deverá aguardar antes que retorne a caravana e recomece a vida inteira.


Italo Calvino
As Cidades Invisíveis

sexta-feira, novembro 12

Shvebi


Overhead the albatross hangs motionless upon the air
And deep beneath the rolling waves in labyrinths of coral caves
The echo of a distant tide
Comes willowing across the sand
And everything is green and submarine
And no one showed us to the land
And no one knows the wheres or whys
But something stirs and
Something tries
And starts to climb towards the light
Strangers passing in the street
By chance two separate glances meet
And I am you and what I see is me
And do I take you by the hand
And lead you through the land
And help me understand the best I can
And no one calls us to the land
And no one crosses there alive
And no one speaks
And no one tries
And no one flies around the sun
And now this is the day you fall
Upon my waking eyes
Inviting and inciting me to rise
And through the window in the wall
Comes streamin in on sunlight wings
A million bright ambassadors of morning
And no one sings me lullabies
And no one makes me close my eyes
So I throw the windows wide
And call to you across the sky.



Pink Floyd | Echoes | 'Meddle' | 1971

quinta-feira, novembro 11

Inner Self #1


Naoki Mitsuse


Não consigo parar de tocar. Não posso parar de tocar. Não me deixam parar de tocar. Nunca pararei de tocar. Se parar de tocar começo a pensar. Não posso pensar. Não me deixam pensar. Não me posso deixar pensar. Se parar de tocar abstraio-me e começo a pensar que não posso parar de tocar. E distraio-me. E eu não posso parar de tocar.

Inner Self Series

Um conjunto de personas descobre-se e escreve-se.
Toda a verdade.

terça-feira, novembro 9


Gary Larson

quinta-feira, novembro 4

Victory Speech


Szukalski | Howling

quarta-feira, novembro 3

O Interno Retorno

Às vezes parece que as árvores têm braços ou que as nuvens têm gente. Não têm; nós é que sonhamos com tudo e com nada.

Se ouvirmos, só, estragamos pouco:

longe existem, neste e em todos os momentos desde que existem, os anéis de Saturno, a magnetosfera de Júpiter, a da Ganymede de Galileo antes de qualquer um de nós; existe o Sol e buracos negros porque as coisas não começam nem acabam; pulsares, restos cósmicos e um infinito - não interessam as teorias - Big Bang.

Aqui em cima sobrevivem florestas tropicais. Formam-se tempestades com que não sonhamos. De vez em quando lembramo-nos do vento e do granizo. Não nos lembramos das monções, de tornados e furacões, nem da areia ou da neve pelos ares.

De lá de baixo ouve-se tudo - como sabemos desde que descobrimos a casa com a cabeça mergulhada na banheira: terramotos, vulcões, bolhas de ar, barcos e coisas sem nome.

Mas, lá em baixo, como aqui em cima e muito longe, nunca compreenderemos nada. Nunca nos chamaremos como as baleias se chamam, e elas nem sequer se chamam baleias.



___________________________

Este foi um dos primeiros posts que fiz para a Janela. Apesar de me ter juntado ao pessoal já a Lua ia alta, ainda foi possível blogar onde só me imaginei a aprender. Espreitar à Janela, de dentro para fora, foi muito bom e irrepetível.
Obrigado Ana, Cristina e restante comandita.

terça-feira, novembro 2


Edward Hopper | Morning Sun | 1952

segunda-feira, novembro 1


Conto chegar a Phoebe. Já a vejo, esburacada - A Brilhante; chamam-lhe. Paguei para que me garantissem que por lá existe, numa cratera encoberta, entre os milhões de idiotas adormecidos que vagueiam pelos canais, uma mulher que imagina estar viva. Só espero que perceba que espera.


Nunca de lá tinha saido (de Huya; ali em baixo), mas fartei-me da humidade. Corrói-me os ossos e atrasa-me o débito sináptico. Agora, na barca, não me angustio com a solidão. Não tenho ninguém à volta.


O caminho também se escreve.
Abandonei Huya há coisa de um azul. Ou dois. Nunca fui muito bom com o tempo que passa. Diz-se que no oitavo planeta da evolução humana, os relógios estiveram tão disseminados como os alienogénios de hoje. Penso que nunca terão tido distribuição gratuita, seja lá o que "gratuito" queira dizer. As pessoas podiam contar ínfimas fracções de tempo. Chamavam-lhes "horas", "minutos", "segundos". Pelas minhas contas, o Segundo era o primeiro tempo inteiro. Um piscar de olhos, uma infância. Que maravilha.

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