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6 daguerreótipos:
Ocultar a asfixia dos que acordam para a vida.
Quando eu era infanta o pai de um amigo enforcou-se numa árvore, onde as pessoas passavam de manhã à noite em idas e vindas; sempre me fez alguma confusão que ele não tivesse pensado nisso antes de se enrolar na corda. Ou talvez tivesse pensado. Talvez tenha preferido que estranhos e não os filhos o tivessem visto de língua de fora e com as calças molhadas. O meu amigo também já morreu; o pai, a morte, a árvore, a corda, tudo lhe pesou demasiado, sempre. Era um amigo bonito, e dava uns abraços grandes e fofos; o Zé Paulo.
N.
(Speechless...)
N., como o Paulo, ?speechless??
?ocultar a asfixia dos que acordam para a vida?
penso: ocultar essa asfixia não terá deixado de revelar a outra, a que existia em vida.
lembro ouvir adolescentes de palavras atormentadas, outras mais sonolentas, formas de sobrevivência.
lembro um vizinho que mal conhecia, a dor perplexa que o seu suicídio causou, ?porque parecia muito melhor, havia até planos?, a vizinhança ouvindo e querendo saber dos porquês; e eu respondendo no meu íntimo: ?porque não conseguiu mais conviver consigo mesmo?.
há uma janela, uma claridade que a atravessa.
penso nas distâncias.
margem
uma imagem brutal, belíssima. tem qualquer coisa da poética da luz neerlandesa.
a janela e a claridade que a atravessa... esta tua impressão, margem, confirma-o. :)
ooops! não sei o que aconteceu... as aspas que usei no post acima aparecem todas como interrogações... desculpem.
claire, é uma imagem bela sim. no entanto, sinto uma estranheza neste dizer, pelo que a imagem evoca.
margem
"é uma imagem bela sim. no entanto, sinto uma estranheza neste dizer, pelo que a imagem evoca."
É mesmo por isso que a imagem é tão brutal e belíssima.
Ainda mais, se pensarmos que foi tirada numa cidade-fantasma. A cidade também morreu.
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